Um estudo realizado pelo químico Leandro Antunes Mendes, do
Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo (IQSC-USP), mostrou
que a vermicompostagem é capaz de remediar solos contaminados por como, cobre e
bromo.
A vermicompostagem é um processo de decomposição de resíduos
orgânicos realizado por minhocas, que gera o vermicomposto, também chamado de
húmus, material muito utilizado como fertilizante.
Mendes destaca a predominância de alternativas verdes, que
não prejudiquem o meio ambiente. O químico ressalta ainda, que o tratamento de
solos contaminados por metais costumam ser tratados com solventes, que são poluentes.
“Já sabíamos que o vermicomposto
apresenta a propriedade de reter metais, então decidimos testar a técnica”,
explana o pesquisador.
Outra vantagem do tratamento com húmus é que os metais não
ficam no meio ambiente, e não ocorre a lixiviação (processo em que a chuva
carrega substâncias para o lençol freático).
Os testes foram realizados para a dissertação de mestrado denominada
“Utilização de vermicomposto com vistas à
remediação de solos contaminados com cromo, cobre e chumbo”, apresentada
ao IQSC, sob a orientação da professora Maria Olímpia de Oliveira Rezende, do Laboratório
de Química Ambiental. "A
adição de 2,5 gramas de vermicomposto em 7,5 gramas de solo foi capaz de reter
100% das espécies metálicas, tanto no solo arenoso como no argiloso,
comprovando que o vermicomposto também é eficaz como descontaminante”,
explica Mendes.
O trabalho foi realizado com amostras de solo arenoso e
argiloso, e a opção por cromo se deu devido a sua predominante utilização em curtumes,
enquanto cobre e chumbo, mesmo sendo contaminantes, são necessários para as
plantas, mas em pequenas quantidades. E a vermicompostagem utilizada foi de uso
comercial, comprada em empresa privada.
O químico utilizou uma solução contendo os dois metais
e a aplicou nos dois tipos de solo. E em ambos os caso, o vermicomposto foi
capaz de reter 100% dos metais.
FONTE: Agencia USP de notícias.
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