O prazo estipulado pela Política nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS), para os municípios brasileiros desativarem os lixões e implementar a
coleta seletiva já é inferior a dois anos.
Porem essa meta ainda está muito distante de ser cumprida, é
o que nos apresenta o estudo Consumo Sustentável, realizado pelo Ibope a pedido
da WWF-Brasil. De acordo com a pesquisa, 64% dos brasileiros ainda não têm
acesso à coleta seletiva em suas residências. A notícia é ruim, porque a
vontade da população é cuidar adequadamente de seus resíduos domésticos,
conforme a pesquisa 85% das pessoas que não dispõem do serviço está disposta a
separar seu lixo em casa, desde que haja um lugar para descartá-lo.
Outro dado alarmante apontado pelo estudo é que os
brasileiros que possuem acesso ao serviço de coleta seletiva não são atendidos
de maneira plena. Uma parcela significativa do serviço é realizada por catadores
de rua, cooperativas, associações ou pontos de entrega voluntários. O que
indica que os governos municipais ainda têm um longo trabalho pela frente para
cumprir as determinações da Política Nacional de Resíduos Sólidos dentro do
prazo.
Não é somente a coleta seletiva que é precária. Também faltam
informações sobre descarte de resíduos aos brasileiros. Essa carência de
informações se reflete no fato de uma a cada três pessoas entrevistadas pelo
Ibope não ter idéia do destino de seu lixo, depois de colocado para fora de sua
casa. E muitos desconhecem quais resíduos devem ser descartados de forma
especial, por apresentarem algum risco à saúde e ao meio ambiente. A pesquisa
mostrou que apenas 19% da população sabem como descartar embalagens de
aerossóis corretamente. Outros exemplos: 78% dos brasileiros não sabem como descartar
remédios, e 73% dos entrevistados não tem conhecimento da maneira correta de
descarte de óleo de fritura.
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