Todos sabem que implantar a coleta seletiva, promover a inclusão
dos catadores de recicláveis e eliminar os lixões em um país com as características
do Brasil não são tarefas das mais fáceis. Contudo, difícil não é impossível. É
o que mostra a edição 2012 da pesquisa Clicosoft, produzida pelo CEMPRE
(Compromisso Empresarial Pela Reciclagem) desde 1994.
De acordo com a pesquisa, a Política Nacional de Resíduos
Sólidos (Lei 2.305/10), aprovada dia 2 de agosto de 2010, já trouxe mudanças
significativas nesses últimos dois anos, com o aumento de 73% no numero de municípios
que realizam coleta seletiva, indo de 443 em 2010, para 766 em 2012. Cerca de
14% dos municípios brasileiros hoje são contemplados com programas de coleta
seletiva, embora o número pareça pouco significativo, deve ser comemorado, haja
vista que em 2008 eram 26 milhões de brasileiros atendidos por programas de
coleta seletiva, e, em 2010 este indicador despencou para 20 milhões. Este ano
atingiu-se o número de 27 milhões de cidadão atendidos, o que representa a
aceleração do quadro de implementação de programas de coleta seletiva nos municípios.
Como entre as diretrizes da Política Nacional de Resíduos
Sólidos estão a eliminação dos lixões e a implantação de aterros sanitários até
agosto de 2014, certamente a parcela de brasileiros contemplados com programas
municipais de coleta seletiva será maior nos próximos anos.
A Política Nacional é um grande incentivo para a promoção de
programas de coleta seletiva em outros municípios brasileiros, contribuindo
para a preservação ambiental, a geração de renda e a inclusão social. Porem deve-se
ter em mente que esse processo ainda é incipiente e o caminho para o
desenvolvimento sustentável ainda é demasiado longo. Municípios, Estados e
União tem seu papel nesse processo, mas a sociedade civil também é responsável,
e não deve se furtar a participar com idéias, sugestões, e, sobretudo com o
consumo sustentável.
FONTE: CEMPRE (Compromisso Empresarial Para a Reciclagem)
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